Um grupo de cerca de 20 mães e pais se reuniram na frente de um centro educacional infantil, que fica no Bairro Meia Praia, em Itapema para pedir por justiça. A reunião aconteceu na tarde de sábado (15) e os muros da instituição foram usados como exposição para os relatos de crianças até cinco anos que teriam sofrido abusos sexuais do dono da instituição.A mobilização aconteceu depois da Polícia Civil abrir investigações do abuso de uma menina de quatro anos de idade. Após a primeira denúncia, os familiares ficaram se reuniram em um aplicativo e troca de mensagens e começaram a conversar sobre a mudança de comportamento dos filhos. Ao conversar com os pequenos, alguns pais conseguiram confirmar novos abusos e procuraram as autoridades.Os relatos, todos muito semelhantes, foram reunidos e colados na parede da creche onde os pequenos eram levados e que, depois da primeira denúncia, fechou as portas imediatamente sem levantar suspeitas do que poderia ser. “Nós recebemos uma mensagem da creche falando que eles iriam fechar por motivos pessoais e de saúde. Eu cheguei a mandar mensagem desejando que Deus abençoasse a família dele e que tudo iria melhorar”, compartilhou uma das mães.Os pais explicam que se sentem frustrados com a morosidade da justiça, pois o suspeito foi chamado pela Polícia Civil para prestar depoimento, mas declarou estar com suspeita de Covid-19 e poderá aguardar para prestar depoimento. “Enquanto isso esse homem caminha pela rua tranquilamente, a gente fica em casa se sentindo impotente diante de um caso desses”, explica outra mãe.A psicóloga da Delegacia de Proteção à criança, ao adolescente, à mulher e ao idoso (DPCAMI), Juliana Medeiros, explica que é importante tirar a criança do contexto de risco e demonstrar “credibilidade e acolhimento”. A profissional acrescenta que “a percepção que a criança tem de que foi protegida e cuidada pelas pessoas próximas, diminui o risco de dano”. 6r201d
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