O número de possíveis vítimas da maior fraude já identificada no INSS pode ultraar 9 milhões de beneficiários, segundo informou o novo presidente do órgão, Gilberto Waller Júnior, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (14), em Brasília. A estimativa inicial apontava 4,1 milhões de atingidos, mas dobrou após a decisão de permitir que todos os beneficiários, independentemente do período dos descontos, possam contestar ou confirmar contribuições feitas por entidades diretamente na folha de pagamento. 6v4e34
A fraude envolve descontos associativos irregulares feitos sem autorização prévia dos aposentados e pensionistas. O escândalo levou à troca no comando do INSS, com a saída de Alessandro Stefanutto e a nomeação de Waller Júnior.
Desde a abertura do sistema de contestação, que sofreu sobrecarga devido ao alto número de os, foram registrados até as 16h da quarta-feira 480.660 pedidos de revisão. Desse total, 98,6% (473.940) dos solicitantes afirmaram não reconhecer os descontos. Apenas 1,4% (6.720) confirmaram os vínculos com as entidades.
O presidente do INSS garantiu que todos que comprovarem terem sido vítimas serão ressarcidos. “Não precisa correr. Não é uma corrida contra o tempo. Todos serão ressarcidos no menor tempo possível. A gente não vai fechar o sistema de uma hora para outra, falando que quem não pediu, não vai ter essa indenização”, afirmou.
Sobre os valores, Waller disse que ainda não é possível estimar o montante total, mas revelou que já há R$ 3,1 bilhões bloqueados por decisão judicial, que devem ser destinados ao pagamento das indenizações.
A recomendação do INSS é que os beneficiários fiquem atentos aos extratos de pagamento e, em caso de descontos suspeitos, em o sistema oficial para contestar os valores.
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