Nesta terça-feira (29), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) reajustou a bandeira tarifária vermelha patamar 2 – a mais alta do sistema brasileiro e praticada no momento. A taxa, que era de R$ 6,24 por 100 kWh consumido, vai ar para R$ 9,49, alta de 52%. A justificativa da Aneel para o reajuste foi a dificuldades na produção de energia no Brasil. Está chovendo pouco no país, o que afeta as hidrelétricas. Com isso, a alternativa é recorrer às usinas termelétricas, tornando a produção mais cara.O economista Guilherme Alano explica que a matriz elétrica brasileira é majoritariamente formada por energia renovável e boa parte vem das hidrelétricas.“A gente fica muito suscetível ao contexto hídrico e às intempéries. Quando temos problemas, como a falta de chuva, isso acaba impactando a produção de energia”.“Para contornar o aumento de custos com termelétricas, temos o sistema tarifário por bandeiras: verde, amarela e vermelha. Então, à medida que começa algum problema de produção, muda a bandeira e aumenta o custo”, explica Alano.Segundo ele, parte do aumento tarifário serve para pagar a produção de energia mais cara, parte é para tentar restringir a demanda.O economista lembra que, geralmente, o aumento para as residências tende a ser mais alto do que para as indústrias. Alano ressalta que o impacto tende a ser mais alto para as famílias de baixa renda e que o reajuste pode ter mais impactos:“Quando aumenta o custo da energia, gera um efeito cascata em todos os outros bens. Se a indústria teve um incremento de custo, é natural que ela ree o aumento no preço da mercadoria e vai chegar um preço mais caro para o consumidor final”, prevê o economista. 4m4w55
Comentários: 6o6q12